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Carga tributária do Brasil: como lidar com esse desafio na sua empresa

Carga tributária do Brasil: como lidar com esse desafio na sua empresa

19/08/22

A carga tributária do Brasil é um dos principais entraves ao crescimento econômico e à competitividade das empresas. Não é novidade que empresários e gestores enfrentam diariamente um sistema considerado complexo, caro e ineficiente, que pressiona tanto os custos operacionais quanto as margens de lucro. 

Em 2025, o cenário ganhou novos elementos: a implementação da Reforma Tributária, a transição para um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) Dual e a reoneração gradual da folha de pagamento em diversos setores.  

Essas mudanças exigem que as empresas estejam atentas ao cumprimento das obrigações e às oportunidades legais de reduzir o peso dos tributos. 

Para conferir estratégias práticas que ajudam sua empresa a enfrentar esse contexto, continue a leitura. 

Carga tributária no Brasil: uma das maiores do mundo 

De acordo com dados do Ministério da Fazenda, em 2023 a carga tributária bruta atingiu 32,44% do PIB. Em termos simples, significa que, de cada R$ 100 gerados pela economia, mais de R$ 32 foram destinados ao pagamento de tributos. É um percentual alto, especialmente se comparado ao estágio de desenvolvimento do país. 

Nações como Dinamarca, Suécia e Bélgica têm cargas ainda maiores, mas oferecem à população serviços públicos de qualidade, infraestrutura eficiente e altos índices de bem-estar. No Brasil, entretanto, a alta carga convive com baixo retorno social, serviços públicos precários e insegurança econômica. 

Para o empresário, essa equação resulta em menor competitividade internacional, menor capacidade de investimento e dificuldade em expandir operações. 

IDH x carga tributária: o descompasso persiste 

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma métrica que avalia educação, saúde e renda de um país. O Brasil ocupa atualmente a 84ª posição mundial, atrás de vários países latino-americanos. 

Esse dado, quando comparado à carga tributária do Brasil, revela um descompasso claro: o país arrecada como uma nação desenvolvida, mas oferece um retorno muito inferior. 

Além disso, o Índice de Retorno de Bem-Estar à Sociedade (IRBES), elaborado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), confirma a percepção: estamos há anos na última posição entre os 30 países com maior carga tributária. Ou seja, somos o país que menos converte impostos em benefícios à população. 

O manicômio tributário brasileiro e o contencioso 

A expressão “manicômio tributário” se tornou famosa para descrever a confusão que é o sistema brasileiro. Desde a Constituição de 1988, já foram publicadas centenas de milhares de normas tributárias, muitas vezes contraditórias entre si. 

O resultado é um contencioso bilionário: estima-se que o passivo tributário nacional ultrapasse R$ 5 trilhões, somando esferas federais, estaduais e municipais. Esse volume gera insegurança jurídica, aumenta os custos de conformidade e, na prática, incentiva litígios intermináveis. 

Para o empreendedor, significa viver em um ambiente de risco constante, em que qualquer erro de classificação ou interpretação pode se transformar em autuação e multa. 

Reforma Tributária: a transição para o IVA Dual 

A Reforma Tributária, aprovada em 2023 e regulamentada por lei complementar em 2025, iniciou a transição do sistema atual para um IVA Dual: 

  • CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) federal, substitui PIS e Cofins. 
  • IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) – estadual e municipal, substitui ICMS e ISS. 
  • Imposto Seletivo – incide sobre bens e serviços prejudiciais à saúde e ao meio ambiente. 

A implementação será gradual até 2033, com períodos de teste e sobreposição de regimes. Isso exige que as empresas adaptem seus sistemas, revisem estratégias de crédito tributário e se preparem para novas formas de fiscalização digital. 

Para quem atua em setores de margem apertada, esse planejamento é decisivo: quem se antecipa consegue projetar impactos, ajustar preços e até ganhar competitividade no mercado. 

A carga tributária sobre a folha de pagamento 

Um dos pontos mais sensíveis é a carga tributária sobre a folha, que historicamente encarece a contratação formal. Em média, o custo de um funcionário pode ser 70% maior do que o salário registrado, quando somados encargos como FGTS, INSS patronal (20%), 13º salário, férias, RAT (1% a 3%) e contribuições para terceiros (varia conforme o FPAS). 

Mesmo após anos de debate, a desoneração da folha nunca se consolidou como política permanente.  

Em 2024, a aprovação da Lei 14.973 trouxe a reoneração gradual até 2027 para 17 setores que antes eram beneficiados. Ou seja, o custo de empregar tende a subir novamente, pressionando empresas de segmentos intensivos em mão de obra. 

Na prática, muitos empregadores já buscam alternativas para reduzir a informalidade, reorganizar estruturas de contratação e mitigar os impactos financeiros dessa mudança. 

Oportunidades de compensação previdenciária 

Apesar das dificuldades, há caminhos legais para aliviar a carga tributária do Brasil sobre a folha. A revisão de rubricas trabalhistas pode gerar créditos relevantes, passíveis de compensação com tributos futuros. Alguns exemplos: 

  • Salário-maternidade: o STF decidiu que não há incidência de contribuição previdenciária patronal. 
  • Aviso-prévio indenizado: entendimento consolidado do STJ de que não compõe a base de cálculo previdenciária. 
  • 15 primeiros dias de afastamento por doença: verbas não sujeitas à contribuição patronal. 

Essas oportunidades podem ser levantadas retroativamente nos últimos cinco anos, sempre com respaldo documental e jurídico. 

Como sua empresa pode lidar com a carga tributária na prática 

Diante de um cenário complexo e em constante mudança, a solução passa por estratégia e método. Veja os principais passos: 

  1. Realizar um diagnóstico tributário completo
    Mapeie todas as incidências sobre folha e consumo. Muitas empresas descobrem créditos ocultos apenas após uma análise detalhada.
  2. Revisar os últimos cinco anos de recolhimentos
    Levante valores pagos a maior, valide com documentos e prepare a compensação.
  3. Fortalecer o compliance
    Atualize rubricas no eSocial, mantenha cruzamentos entre EFD-Reinf, DCTFWeb e declarações fiscais para reduzir risco de autuações.
  4. Planejar a transição para o IVA Dual
    Simule impactos por produto, serviço e região. Avalie a formação de preços, revise contratos e prepare sua equipe.
  5. Contar com especialistas
    A complexidade exige suporte técnico. Uma consultoria tributária especializada garante não apenas a identificação de oportunidades, mas a segurança jurídica de cada ação.

Transforme os desafios em oportunidades com a AG 

A carga tributária do Brasil continuará sendo alta no curto prazo. Mas isso não significa que sua empresa esteja condenada a perder margem ou competitividade.  

Com o uso correto da legislação, tecnologia de análise de dados e revisão estratégica, é possível aproveitar créditos, reduzir riscos e aumentar a eficiência tributária. 

Neste momento, sua empresa pode estar pagando tributos além do necessário. 

Solicite um diagnóstico gratuito com a AG e descubra o potencial de economia para o seu negócio. 

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